Acervo

Embora o acervo do Arquivo seja, em sua maioria, formado por documentos administrativos (dos Poderes Executivo e Legislativo da cidade), contém uma gama de itens muito significativos que evocam na população em geral a valorização de suas origens e o resgate de seu passado.

Alguns documentos do acervo

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O acervo é formado por documentos desde o século XIX, com itens raros, como uma Lei de 1837 em que são definidas as condições para o embarque de trabalhadores para a carreira de Cuiabá, importante registro que comprova o movimento das Monções em Porto Feliz.

A maior parte dos documentos é proveniente do Poder Legislativo (Livros Eleitorais, Atas de Sessões, Projetos de Lei, Decretos – séc. XIX e XX) e Executivo (Registros Orçamentários, Financeiros, Impostos e Taxas da primeira metade do século XX). Existem ainda cartas, ofícios, recibos e documentos que retratam o cotidiano da comunidade, como Certidões de Óbito, Registros Militares, Documentação Escolar e outros do final do século XIX, além de periódicos, protocolos de envio e recebimento de documentação, plantas arquitetônicas, documentos cartográficos e registros comerciais.

Existem no arquivo os documentos Diário da Navegação de Teotônio José Juzarte (1769), dos Relatos de Viagem da Coleção Diogo Soares (séc. XVIII) e do Plano em Borrão, de Teotônio José Juzarte (1769), versões em microfilme dos originais pertencentes, respectivamente, às Bibliotecas de Lisboa e Évora, em Portugal e à Biblioteca Nacional – RJ. Todos são documentos relacionados às expedições monçoeiras, à formação da Vila de Araritaguaba (Porto Feliz) e ao seu povoamento. Esta documentação foi doada pelo historiador portofelicense Jonas Soares de Souza, mas o arquivo não possui o equipamento adequado para reproduzir essas imagens.

O Arquivo dispõe de fotografias de diversas épocas, mas em número pequeno se comparadas ao montante de registros fotográficos antigos que pertencem a coleções particulares. Tornando-se o Arquivo Público um Centro de Informações Historiográficas, será possível unificar toda a documentação iconográfica existente num mesmo local, que poderá tornar-se uma referência em História de Porto Feliz para pesquisadores, visitantes e para a comunidade em geral.

Há manuscritos da época do Império (1808), Correspondências, Declarações sobre contratações de Sargentos-mor e Alferes e diversos ofícios do ano de 1841. De 1890 também há diversos documentos manuscritos a ser digitalizados, como correspondências oficiais, atas de eleições municipais e curiosos registros de assuntos do cotidiano, como doação de uma escrava para a Igreja como pagamento de milagre recebido na volta de uma expedição monçoeira sem intercorrências.

O arquivo também possui algumas coleções de periódicos, alguns que não mais existem na atualidade, como “A Voz de Porto Feliz – ANO I – abr/56 a ANO IV – maio/59, “Porto Feliz” – ANO I – nov/80 a ANO II – nov/82 e “A Folha de Porto Feliz” – dez/51 a jan/54, além de uma coleção do Jornal “Tribuna das Monções” (jan/1960 a dez/1966), que oferecem aos pesquisadores um rico retrato destas épocas nos mais diversos aspectos.
Também compõem o acervo à espera de digitalização livros de Matrícula dos alunos escola do “Bairro de Boituva” – 1906 (hoje cidade de Boituva) e diversos Livros de Matrículas dos alunos e movimentos diários de escolas – séc XIX, relevantes retratos que revelam a composição étnica, as imigrações ocorridas no local e o sistema de avaliação daquela época. Há livros de registros de Recrutamento e Alistamento Militar – 1900-1936 e algumas curiosidades, como o “Livro de Matrícula de Carroças e Trolys (1927)”, além de fotografias.